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HISTÓRIA
MISERICÓRDIA

DESDE 1498

A fundação das Misericórdias está ligada ao nome de D. Leonor. A sua origem prende--se com as antigas confrarias da Idade Média, que tinham garantido a assistência aos doentes e aos mais necessitados. Em Agosto de 1498 (para uns a 14, para outros a 15), e durante a sua regência, D. Leonor ordenou a criação da primeira Misericórdia, a de Lisboa. As Misericórdias eram confrarias nos moldes de Irmandade e com base no Evangelho de S. Mateus e no princípio da solidariedade expresso por S. Paulo: "Trabalhai e suportai as cargas uns dos outros". Estas instituições tinham como objectivo o cumprimento dos sete preceitos da natureza espiritual e outros sete da natureza humana.

Estes pontos estavam contidos no "Compromisso" da Misericórdia (a sua Carta Orgânica) tendo o provedor a ajuda, na administração, de oficiais, conselheiros e mordomos, sendo a confraria formada por Irmãos a escolher entre os vários estratos populacionais. Para além da cidade de Lisboa, outras localidades foram contempladas ainda nesse ano, como aconteceu com Valença. Apesar de todas as dúvidas, por falta de arquivo documental, os dados existentes apontam para esse ano como data da fundação da Misericórdia valenciana. Esta base fundamenta-se no mapa que se insere (História de Portugal" de Joaquim Veríssimo Serrão, Vol.III, pag. 350) e na enumeração das terras que receberam o benefício destas instituições nesse ano ("Origens e Fundação das Misericórdias Portuguesas" de Fernando da Silva Correia, pp. 581-585). 

Todo e qualquer trabalho sobre a Misericórdia de Valença, como de outras, enfrentará sempre grandes dificuldades dada a ausência de documentos probatórios, nomeadamente sobre a data exacta da sua fundação. Por isso, estes dados, necessariamente breves e algo soltos, não pretendem ser, de modo nenhum, uma abordagem profunda sobre o assunto. Nesta Publicação ficam apenas algumas referências, consideradas mais ou menos importantes, mas sempre limitadas, naturalmente, pelo espaço editorial e, também, pela escassez de elementos documentais. * Antes da fundação das primeiras Misericórdias, registam-se, no século XV, a proliferação de gafarias, entre outras, como as principais instituições de assistência. Em Valença encontramos referência a uma ermida, actualmente desaparecida, denominada de São Lázaro, vulgo dos Gafos. Situava-se na rampa, mesmo em frente do caminho que ia para a Boavista. Era, diz-se, uma antiquíssima gafaria, como muitas outras que se fundaram até ao século XVI, nos arrabaldes de grande número de cidades e vilas portuguesas. Foi demolida para ampliar a esplanada da praça. 

O acervo documental existente na Misericórdia de Valença apenas contém dados a partir da 2ª metade do século XVI. 

Apesar disso, podemos recuar até 20 de Dezembro de 1513 para encontrar o dado mais longínquo sobre a Misericórdia de Valença. Trata-se de uma escritura do Prazo do Monte do Pombal, que Alberto Pereira de Castro, in "1º Encontro das Misericórdias do Alto Minho", localiza extramuros da vila, e constante no Livro de Notas. Ainda no século XVI, mais duas referências: uma, a 19 de Janeiro de 1568, em que consta uma licença do arcebispado de Braga permitindo que na capela da Misericórdia se pudesse "sagrar e dizer missa"; outra, em 17 de Janeiro de 1590, uma escritura que obrigava um mestre de obras à edificação das casas e da igreja da Misericórdia, no lugar onde hoje se localiza. A fundação da igreja data, pois, do século XVI. Este templo não tem nada de notável a não ser a imagem do Senhor dos Passos e a do Cristo Morto. Porém, da primeira, não existe qualquer documento que comprove a sua origem. De início, as capelinhas dos Passos eram de madeira e só serviam para dia da solenidade, 2º domingo da Quaresma, após a qual eram desmontadas. Mais tarde, em 1784, a Mesa mandou fazê-las em pedra como se deduz duma escritura que os mesários assinaram a 29 de Fevereiro desse ano. De outra escritura, datada de 9 de Junho de 1792, constata-se que o altar do Senhor Crucificado foi feito nesse ano. Ainda antes de terminar o século, mais concretamente em 1598, segundo A.P.Castro, todas as propriedades e pensões foram anexadas à confraria da Misericórdia. Mas retomemos a enumeração cronológica, indo até 20 de Agosto de 1664, data de um Acórdão a determinar a venda de casas situadas em frente da igreja de Santa Maria dos Anjos. Estes prédios, então em ruínas, pertenciam ao Hospital da Santa Casa, como refere outro Acórdão, de 25 de Julho de 1667. Mais tarde, já no século XVIII, em 1708, a Misericórdia já não tinha hospital nem meios para o reactivar. Em 1735, todo o edifício onde se instalava a instituição estava muito degradado. Graças a diversas dádivas, foi possível arrancar para a execução de obras, que viriam a ser concluídas apenas em 1749. A 9 de Junho de 1722, a Mesa estipulou o preço da esmola para acompanhamento dos defuntos com tumba ( espécie de maca onde se conduziam cadáveres à sepultura) e bandeira nova. Em 2 de Junho de 1785, é publicado um Acórdão indicando as condições a que os candidatos a Irmãos deviam responder para serem admitidos. Um pouco mais tarde, em 1801, o crivo da entrada apertou-se com novas condições, aprovadas em reunião da Mesa. Já bem dentro do século XIX, a 18 de Outubro de 1824, um aviso régio concedeu o terreno e as instalações que serviram de quartel do Regimento de Artilharia e, depois, de convento de Santa Clara das freiras clarissas desta vila, para o Hospital da Misericórdia, que se acomodara, provisoriamente, na parte do edifício ainda intacto. Alguns anos depois, a 20 de Janeiro de 1836, é reconhecido, através de um Acórdão da Mesa, que a extinção do Hospital Provisional Militar de Valença foi decisiva para o lançamento do Hospital da Caridade. Mateus José de Almeida, provedor de então, tem a ideia luminosa de escrever ao seu amigo Joaquim António Ferreira (Visconde da Guaratiba -gravura 1), radicado no Brasil, a pedir-lhe um donativo para ajudar à construção do edifício. A resposta é positiva, mantendo-se, depois, com regularidade, e servindo de exemplo para, mais tarde, o seu sobrinho Joaquim José Ferreira (2.º Barão da Guaratiba-gravura2), trilhar O mesmo caminho. De destacar, entre muitos outros benfeitores, o benemérito José António da Silva Veiga (gravura3J que, para além de assumir a orientação das obras, adiantou uma avultada quantia de modo a que os trabalhos não parassem. Finalmente, a 26 de Dezembro de 1840, regista-se a entrada dos dois primeiros doentes no novo Hospital. No ano de 1856, referência para a ampliação do edifício até ao local da igreja do atrás mencionado convento. Porém, esta obra só se concluirá em 1866. O tempo foi rolando e os serviços prestados no Hospital foram mantendo a sua importância nesta comunidade valenciana. A 23 de Julho de 1971 a unidade hospitalar passou a denominar-se Centro de Saúde. Depois, deixou de exercer essas funções e foi transformado num bom complemento ao Lar, vocacionado para a assistência a idosos. O denominado Lar Cruz foi inaugurado em Junho de 1904, graças ao legado do benemérito Manuel António da Cruz (gravura 4), falecido em 1887. As actuais instalações, dotadas de boa funcionalidade, foram inauguradas em 1987. Recuando no tempo, encontramos uma nova e meritória acção concretizada por iniciativa da Mesa da Misericórdia: a inauguração, a 10 de Outubro de 1881, de uma Escola Secundária Municipal. No ano seguinte, em Abril, chegaram a Valença as primeiras Irmãs Hospitaleiras, destinadas à prestação de serviços no Hospital da Misericórdia. Em 1893, registam-se os primeiros passos conducentes à fundação do que viria a ser o Colégio de Santa Clara ou Colégio Português de Nossa Senhora de Fátima. O pedido para a criação de um internato é deferido pela Mesa. A 23 de Julho de 1971 a unidade hospitalar passou a denominar-se Centro de Saúde. Depois, deixou de exercer essas funções e foi transformado num bom complemento ao Lar, vocacionado para a assistência a idosos. O denominado Lar Cruz foi inaugurado em Junho de 1904, graças ao legado do benemérito Manuel António da Cruz (gravura 4), falecido em 1887. As actuais instalações, dotadas de boa funcionalidade, foram inauguradas em 1987. Recuando no tempo, encontramos uma nova e meritória acção concretizada por iniciativa da Mesa da Misericórdia: a inauguração, a 10 de Outubro de 1881, de uma Escola Secundária Municipal. No ano seguinte, em Abril, chegaram a Valença as primeiras Irmãs Hospitaleiras, destinadas à prestação de serviços no Hospital da Misericórdia. Em 1893, registam-se os primeiros passos conducentes à fundação do que viria a ser o Colégio de Santa Clara ou Colégio Português de Nossa Senhora de Fátima. O pedido para a criação de um internato é deferido pela Mesa. Depois de dezenas de anos em labor dedicado à educação de várias gerações de valencianos, durante um período que se pode considerar brilhante, o Colégio dá lugar, em Outubro de 1973, a uma Secção Liceal.


No ano seguinte, em Setembro, já em plena revolução "abrilina", as Irmãs Hospitaleiras abandonam, definitivamente, o Colégio Português de Valença. •

Voltando um pouco atrás, até ao ano de 1900,encontramos o registo do falecimento de Joaquim( Apolinário da Fonseca (gravura 4), no dia 21 de Março. Este grande benemérito valenciano, provedor da Misericórdia à de construção Valença, de um fez Asilo. um grande legado destinado à de construção de um Asilo.

Passos cinco anos a Comissão Administrativa da Santa Casa enceta negociações para a aquisição dos Santa Casa enceta negociações para a aquisição dos terrenos onde se virá a erguer o imponente edifício. Depois de inúmeras vicissitudes, a obra foi oficialmente inaugurada em Maio de 1928! 

Para terminar, e parafraseando António de Sousa Macedo, in"Flores de Hespanha Excelências de Portugal", "(. .. ) as Misericórdias portuguesas parece terem conseguido perenizar uma constelação de ideários que curou sempre de centrar-se nesse princípio de saber servir desinteressadamente, renovando-se continuamente a prática das Obras de Misericórdia e desenvolvendo uma intensa actividade de apoio e assistência aos grupos e camadas sociais mais desprotegidos". 

Morada

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